8.2.08

A Batalha do Vimeiro
André, Inês e Magda, 9.º B

Força inglesas
Wellesley comandava cerca de 19.300
Cavalaria - 240 homens
Artilharia – 18 peças
Os soldados portugueses eram aproximadamente 2600 homens, dos quais 258 faziam parte da cavalaria.
Forças Francesas
14.000 homens repartidas em 3 divisões de infantaria e 1 de cavalaria.

No dia 21 de Agosto de 1808, nos campos em redor do Vimeiro e dentro da povoação, teve lugar a batalha que pôs fim à 1.ª invasão francesa a Portugal.

Entrada dos franceses no Vimeiro

O terreno entre o Vimeiro e a costa é bastante montanhoso, favorável a um bom posicionamento das tropas aliadas. O grosso do exército britânico foi colocado na encosta sul do outeiro do Vimeiro, tendo a artilharia sido colocada no alto do cabeço. Havia também brigadas estacionadas na Maceira (foi nesta localidade que Wellesley estabeleceu o hospital de sangue), que permitiriam proteger, caso as coisas corressem mal, uma retirada das tropas para os barcos da marinha inglesa que se encontravam em Porto Novo. Também em Fonte de Lima e Ventosa (planalto paralelo à costa) se encontravam algumas brigadas para proteger o flanco esquerdo.

Às 9 da manhã, Junot, cujo exército se tinha concentrado na Carrasqueira, ordena às suas divisões que avancem pelos seguintes flancos:
- o flanco direito tomaria os altos da Ventosa (brigada de Solignac) e da Pregança (brigada de Brenier);
- o flanco central avançaria pelo planalto (situado à esquerda da ribeira de Toledo) em direcção ao Vimeiro (as brigadas de Charlot e Thomières, os granadeiros de Kellerman e a cavalaria de Margaron);
- o flanco esquerdo procuraria tomar o Vimeiro pela parte este (divisão Delaborde), completando assim as várias frentes que envolveriam a povoação.
Junot colocou-se no alto das Estiveiras (onde se encontra o marco geodésico do Talefe) posição ideal para comandar as operações.

Wellesley vendo que o inimigo avançava deu ordens para que 4 brigadas atravessassem a ribeira de Alcabrichel na Maceira e viessem pela estrada de Ponte de Lima para tomar uma nova posição frente ao inimigo que já avançava pela linha Pregança – Ventosa. Na retaguarda e mais próximo do mar, Cotlin, Crawford e os portugueses comandados por Trant, também se moviam em direcção ao norte e tomaram posição junto a Ribamar e Marquiteira protegendo a extrema esquerda e a retaguarda de linha de batalha.

Quando o flanco central francês, saído do arvoredo, chega a 500 metros do cabeço do Vimeiro, depara-se com algumas companhias inglesas na encosta. Escondidas na contra-encosta do outeiro aguardam duas brigadas inglesas (Anstruther e Fane) e no alto várias peças de artilharia. Na retaguarda, outras brigadas inglesas esperam ordem de combate (Fergusson, Nightingale, Hill,etc.,).

Começa então uma sangrenta batalha. A táctica de contra-encosta utilizada por Wellesley surpreendeu os franceses e as diversas tentativas para subir o outeiro, fortemente guardado pelos canhões, causou-lhes inúmeras baixas (os campos em frente são denominados “Lagoa de Sangue”, em memória deste episódio sangrento). Entretanto, no desenrolar da batalha, o Vimeiro viu-se envolvido por todos os flancos, tendo Junot utilizado todas as suas tropas, mesmo as de reserva, colocando-o numa situação debilitada.
Enquanto a batalha decorria no Vimeiro, o flanco direito francês, debatia-se com enormes dificuldades para subir as encostas da Pregança e da Ventosa. Não nos podemos esquecer que os canhões pesavam cerca de 400Kg e cada soldado transportava às costas 40Kg de peso(rações, armas, cobertores, etc.,).

Às 11 horas da manhã, Junot, com as suas forças quase todas desbaratadas deu ordem de retirada para Torres Vedras. A cavalaria Anglo - Portuguesa aproveitou o momento para perseguir os inimigos chegando mesmo próximo do local onde se encontrava Junot. Mas, a reserva da cavalaria francesa que protegia o general francês, acabou por infligir pesadas baixas aos aliados, tendo o coronel Taylor e metade do seu regimento sido mortos.
Como resultado desta batalha, calcula-se que, pelo lado francês, tenham morrido 450 homens, cerca de 1.200 ficaram feridos, tendo desaparecido ou sido feitos prisioneiros 350. Do lado dos aliados, morreram 123 homens, 534 ficaram feridos e 51 desapareceram.
Na manhã do dia 22 de Agosto, Junot e o seu Estado-Maior reúnem em Torres Vedras para analisar a situação. Com esta pesada derrota e face às inúmeras revoltas que estavam a acontecer por todo o país, Junot decidiu enviar o General Kellerman de volta ao Vimeiro para assinar o armistício.

1 comentário:

Anónimo disse...

finalizei mesmo agora esta materia em historia! ja vi que andam muito empenhados este ano, fazem muito bem... nao tenho tido muito tempo para vir aqui e hoje lembei-me e decidi "visitar-vos"... continuação de bom trabalho... ah ja agora boas ferias, porque elas ja estao ai a porta! beijinhos