7.12.06

S. BARTOLOMEU DOS GALEGOS
Melissa, Diana, Rita e Rúben

São Bartolomeu dos Galegos é a 2ª mais antiga freguesia do concelho da Lourinhã (a 1ª é a da vila) sendo constituída pelos lugares do Paço, Carqueja, Pena Seca, Feteira, Casal da Galharda, Reguengo Pequeno e Casal Caldeira.

A região foi habitada desde o período do neolítico.
Constitui-se paróquia nos finais do século XIV ou princípios do século XV, separando-se de Santa Maria de Óbidos. A freguesia de S. Bartolomeu dos Galegos incluiu o Reguengo Grande e o Moledo, até 1524 e 1594, respectivamente, datas da constituição dessas freguesias.

A povoação de São Bartolomeu foi buscar o seu nome ao do apóstolo, cuja imagem se venera na igreja matriz. O culto a São Bartolomeu (*1), na península, é anterior à reconquista cristã e, em Portugal, muitas paróquias instituídas nessa época têm São Bartolomeu como orago. O seu culto encontra-se espalhado por todo o país e as povoações que o têm por padroeiro são, na sua maioria, bastante antigas e, pelo menos sete delas, usam o seu nome como topónimo.

Tem, no entanto como padroeiro São Lourenço (*2) dos Galegos. Mas este nunca conseguiu entrar na igreja paroquial, onde se venera S. Bartolomeu. S. Lourenço permanece no adro, frente à porta da igreja, numa capelinha construída para o efeito.
No próximo post iremos tentar explicar este enigma.


(*1) S. Bartolomeu foi um dos 12 Apóstolos, que depois da morte de Cristo percorreu a Índia e o Médio Oriente na sua missão evangelizadora, até ser esfolado vivo e depois decapitado. Na arte, este mártir é representado com uma faca de carniceiro na mão sobre um pequeno pedestal formado com a figura do diabo.

(*2) S. Lourenço (na imagem), de origem hispânica, era um dos sete primeiros diáconos de Roma (guardião do tesouro da Igreja). Durante a perseguição dos cristãos levado a cabo no ano de 259 d. C., o imperador romano daquela época mandou matar o Papa e obrigou a Igreja a entregar as suas riquezas no prazo de três dias. Passados três dias, S. Lourenço conduziu as pessoas pobres, que tinham sido auxiliadas pela Igreja, perante o imperador, exclamando: "Estes são a riqueza da Igreja". O imperador, furioso e indignado, mandou prendê-lo. Acabaria por ser queimado vivo sobre uma grelha colocada num braseiro ardente. Na arte, é representado com uma grelha, simbolizando o martírio que sofreu.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sempre que venho aqui encontro coisas interessantes. Ao ler alguns dos vossos artigos fiquei a pensar como deve ser bom para as pessoas que gostam e sentem as terras onde nasceram contactar com este vosso trabalho. Todos se sentem orgulhosos de certeza. Eu por exemplo gostava de ter um grupo destes na minha terra que me mostrasse de forma tão rica e interessante a história dos locais que conheço desde a infância.

Anónimo disse...

Teresa:
Obrigada por manifestares o teu apreço pelo nosso trabalho. Estou curiosa - qual o nome da tua terra? (parece-me que fica na Serra d´Aire)Será?
Um abraço.