31.5.07

QUINTA DA MOITA LONGA


Hoje visitámos esta quinta, que se localiza no Toxofal de Cima. Para além de ser um lugar aprazível e com edifícios antigos muito belos, encerra uma longa história que remonta à Antiguidade Romana.

Actualmente, os seus proprietários acrescentaram outras funções à sua propriedade, nomeadamente o aluguer de salas para a realização de eventos e turismo rural. É uma forma de rentabilizar o espaço, permitindo manter e recuperar o património natural e edificado.
Os nossos "historiadores" estão a redigir os textos, pelo que brevemente daremos mais notícias.

25.5.07

A ARTE DO VITRAL
David Serra

Os vitrais são constituídos de pedaços de vidro, geralmente coloridos, combinados para formar desenhos.
Tal como o vidro, o vitral originou-se no Próximo Oriente, tendo florescido na Europa durante a Idade Média. Amplamente utilizados na ornamentação de igrejas e catedrais do período gótico, o efeito da luz solar que por eles penetrava, conferia uma maior imponência e espiritualidade ao ambiente, efeito reforçado pelas imagens retratadas, na sua maioria, cenas religiosas. Adicionalmente, serviam como meio didáctico de instrução do catolicismo, frente a uma população inculta e analfabeta.
A técnica clássica de fabricação de vitrais utilizava chumbo nas junções e soldaduras. A cor nas peças de vidro era obtido pela adição de substâncias como o bismuto, o cádmio, o cobalto, o ouro, o cobre e outros, à massa de vidro em fusão. De peso elevado, os vitrais assim construídos apresentavam problemas de estrutura, fragilidade, deformação, corrosão electrónica, manutenção difícil, além do elevado custo.
Actualmente existem técnicas mais avançadas para a produção de vitrais, de grande valor estético, mais baratas e inócuas para a saúde e para o meio ambiente.

Os Vitrais da igreja de Nossa Senhora dos Anjos

No ano de 1963, Mário Costa pintou para o janelão da frontaria uma Nossa Senhora dos Anjos e, para as janelas da parede sul, um São Francisco de Assis e uma Santa Clara; para as janelas pequenas da capela Mor e do corredor que dá acesso ao coro, foram pintadas figuras de anjos.
Este pintor, responsável pelo restauro dos vitrais do mosteiro da
Batalha, costumava passar férias na praia da Areia Branca e fez muitos amigos na Lourinhã, entre os quais o provedor da Confraria de N. S.ª dos Anjos. Estes vitrais são de uma grande beleza e de alto valor artístico, do melhor existente na região.
Entretanto, devido ao estado degradado em que se encontravam, a comissão administrativa da confraria, a que presidia José Artur Nobre, mandou restaurá-los, em 2001-2002. Os painéis tiveram de ser desmontados, foram restaurados e protegidos com vidro temperado à prova de choque, uma técnica muito moderna na protecção dos vitrais. A qualidade do trabalho de restauro, realizado por Ângela Antunes da Silveira, permitiu que os vitrais de Nossa Senhora dos Anjos recuperassem o seu aspecto inicial.

17.5.07

DIA DA ESPIGA


Cumprindo a tradição do nosso clube (é apenas uma tradição de um ano, mas não importa, porque é assim que se fazem as tradições...), hoje fomos à espiga. Como a tarde estava muito quente, decidimos rumar em direcção à praia de Valmitão. Até porque para chegarmos ao mar é sempre a descer, o que se faz bem. O regresso foi mais difícil, especialmente para a professora Maria dos Anjos, que tem passado muitas horas no computador e não tem feito exercício. Mas não tínhamos outro remédio senão regressar à escola.

Hoje, pudémos tirar uma fotografia ao grupo completo (só falta a Melissa, que esperamos que recupere bem), isto é, aos alunos, pois são eles os "verdadeiros artistas."





10.5.07

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA
DA MISERICÓRDIA


Num local muito aprazível, na freguesia da Moita dos Ferreiros (concelho da Lourinhã) encontra-se um local de peregrinação visitado por gentes de muitas localidades. Por dificuldades de transporte, o nosso grupo teve que se dividir em dois. Assim, na semana passada e hoje visitámos o local.


Brevemente daremos notícias desta visita, mas primeiro ainda temos o artigo sobre os vitrais, que ainda não foi publicado devido a um problema técnico.

2.5.07

A CAPELA DE NOSSA SENHORA DOS ANJOS
Diana Jaleco e Rita Fonseca


À saída da Lourinhã para quem se dirige a Peniche, enquadrada num bonito jardim, encontramos a pequena capela da Nossa Senhora dos Anjos. Quando foi erguida estava localizada fora da vila, na várzea do Rio Grande. Porque razão foi construída naquele local?
Diz a lenda, passada de geração em geração, que “ Andando um dia um pastor apascentando o seu rebanho perto do local onde o rio dos Mouros se mete no rio Grande, próximo da margem daquele, viu uma imagem de Nossa Senhora com o Menino nos braços, em cima de um loureiro.*” Descoberta a imagem, esta foi levada para a Igreja de Santa Maria do Castelo, pelo povo que aí ocorreu.

Na manhã seguinte mais pessoas se reuniram para irem ver a imagem, mas para espanto de cada um, quando penetraram na igreja a imagem já lá não estava. De seguida foram procurar a imagem e encontraram-na de novo, no loureiro. Logo isso foi interpretado como sendo a vontade da senhora de ficar naquele sítio. Nesse local, começou então a construção da capela de Nossa Senhora dos Anjos, erguida pela Confraria do mesmo nome.

A Capela de Nossa Senhora dos Anjos foi construída em estilo renascentista, como são as construções dos fins do Século XVI. É um pequeno templo, de Galilé sustentando o coro alto sobre a entrada, com um arco de cantaria na parede frontal virada a poente, e outro mais pequeno na parede do lado sul. É de uma só nave, separada da capela-mor por um arco de cruzeiro em mármore rosa, com pedestais e capitéis, estes da ordem toscana, em mármore preto de azeviche, sendo o respectivo fecho arrematado em relevo, com uma coroa, de pedra muito branca, que nos parece ser alabastro. A capela-mor, é de abóbada de berço decorada com um símbolo mariano.

Fronteiro à porta axial que se abre na fachada do lado sul, encontra-se o púlpito, cuja base é um belo exemplar do século XVII, de laje quadrada, em mármore vermelho, moldurado e com artísticos ornatos.

* Rui Marques Cipriano, «Senhora dos Anjos, sua Capela - sua Confraria», Vamos Falar da Lourinhã, Lourinhã, ed.ª Câmara Municipal da Lourinhã, [2001], p.179.