Enquanto um grupo estava a proceder à publicação do respectivo trabalho no blogue, os outros estavam a "prestar provas" de locução para o documentário do nosso DVD. Tudo foi gravado e a seguir fez-se a selecção das vozes. Foi uma sessão muito participada e interessante.
31.1.08
Bruna, 9.º A
Enquanto dava as ordens de marcha foi avisado da chegada do general Burrard, na corveta Brazen. De imediato foi a bordo para lhe entregar o comando, dando-lhe o conhecimento do ponto situação e das suas intenções. O general ordenou-lhe que não avançasse e este regressou ao seu quartel-general no Vimeiro para dar as contra-ordens de marcha.
No seu quartel-general, em Torres Vedras, a meio do dia 20 de Agosto, Junot toma conhecimento da posição aliada e da aproximação de uma esquadra inglesa trazendo reforços e decide atacar sem demora.
Às 4 horas da tarde do dia 20, o seu exército põe-se em marcha. A cavalaria foi a primeira a avançar seguida pelas divisões de infantaria. Lentamente, milhares de homens e centenas de animais dirigiram-se pela estrada real em direcção à Lourinha. A principal via passava, nessa época, pelo desfiladeiro de TorresVedras, Vale de Canas e Vila Facaia, onde se transpunha o rio Alcabrichel. Depois seguia pelos Campelos, Cabeça Gorda até à Carrasqueira, já próximo do Vimeiro. Um percurso que se fazia em duas horas, demorou até às seis da manhã do dia seguinte. Tratava-se de um caminho estreito e sinuoso impróprio para ser percorrido por um exército de cerca de 14.000 homens com mais de duas dezenas de peças de artilharia, puxadas por cavalos.
Durante a noite de 20 de Agosto, as patrulhas Inglesas deram conta que importantes forças francesas se estavam a aproximar; o rodar dos trens de artilharia e dos carros de abastecimento, sobre a ponte de madeira de Vila Facaia, chegava a ouvir-se nas posições aliadas. Antevendo um ataque inimigo no dia seguinte, Sir Arthur reforçou a posição do outeiro do Vimeiro. Todas as forças deviam estar preparadas para o combate uma hora antes do nascer do sol.
Quando o sol raiou no dia 21, os franceses precisavam de repouso, depois de uma noite atribulada, mas às 9 da manhã Junot põe as suas divisões em marcha para o combate.
24.1.08
Sara Antunes e Sara Prioste, 9.º A
No dia 1 de Agosto de 1808, o grosso das tropas Inglesas desembarcam na praia de Lavos, situada a sul da Figueira da Foz (margem esquerda do estuário do Mondego). No dia 5, o desembarque Inglês estava concluído, após uma operação difícil (o mar estava pouco calmo), na qual se perderam alguns homens, animais e carga. No dia 7, o tenente – general Arthur Wellesley encontrava-se já em Montemor-o-Velho, tendo-se encontrado com Bernardim Freire, comandante das forças portuguesas, para se estabelecer o plano das operações. O objectivo era concentrar as tropas em Leiria e daí avançar para Lisboa, sempre junto à costa, de modo a ter o flanco direito apoiado pela marinha inglesa, que constituía a principal fonte de abastecimento.
Entretanto, Junot tomou conhecimento do desembarque dos ingleses e decidiu enviar o general Delabord (na altura governador de Lisboa) e a sua divisão ao encontro das forças luso-britânicas. Ao mesmo tempo ordenou a Loison que deixasse o Alentejo e se dirigisse ao flanco esquerdo das tropas aliadas, reforçando assim o exército francês.
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A Batalha da Roliça
De Leiria o exército inglês, integrando 2400 homens da Infantaria e 260 de Cavalaria que pertenciam a Bernardim Freire, partiu para Alcobaça, onde chegou a 14 de Agosto. No dia seguinte já estão nas Caldas da Rainha. Delaborde e as forças francesas estabelecem-se junto à aldeia da Roliça (5 Kms a sul de Óbidos), preparando-se para enfrentar as forças aliadas. O primeiro embate entre alguns batalhões das forças inimigas aconteceu no dia 15 de Agosto nos arredores de Óbidos, no sítio de “Brilos”, mas os franceses acabaram por retirar-se para junto do grosso das suas tropas na Roliça. No dia seguinte, o exército de Wellesley ocupou Óbidos e o comando aliado tomou conhecimento que Loison já tinha passado por Rio Maior. Tinham que se apressar de modo a evitar o reforço do exército francês que se encontrava na Roliça.
Os confrontos já tinham começado, quando Junot se encontrou com Loison no Cercal (20 Kms da Roliça) e só nessa altura se apercebe que os ingleses se dirigiam a Lisboa pelo caminho da costa, enquanto forças portugueses marchavam pela estrada real Coimbra-Lisboa. Achando que estas últimas não constituíam perigo, decidiu concentrar esforços para barrar o caminho aos ingleses. O local escolhido foi Torres Vedras e para aqui, decidiu desviar as tropas de Loison e dos demais comandantes franceses que o pudessem fazer.
Delaborde entrincheirado no planalto da Columbeira (sul da Roliça) ainda conseguiu criar algumas dificuldades às tropas aliadas. O tenente-coronel Lake e alguns dos seus companheiros acabariam por morrer ao subir precipitadamente em direcção ao exército francês, a 17 de Agosto de 1807. Entretanto, o comandante francês, vendo que não iria receber os reforços esperados e perante a vastidão do exército luso-britânico que se espraiava à sua frente (entre Óbidos e a Roliça), acabou por recuar para Torres Vedras, seguindo instruções de Junot para se juntar ao restante exército ocupante.
A chegada ao Vimeiro
Depois dos confrontos na Roliça, Wellesley prosseguiu a sua marcha para sul, junto à costa, na direcção da Lourinhã. Estava muito animado porque tinha tido a notícia de que um comboio naval inglês se encontrava ao largo de Peniche. Eram duas brigadas, comandadas pelos brigadeiros-generais, Acland e Anstruther, com 1300 e 2700 homens, respectivamente, que viriam reforçar o exército inglês. Havia que escolher um sítio seguro para o desembarque (o forte de Peniche estava ocupado pelos franceses). Wellesley posicionou então as suas tropas no Vimeiro, enquanto as referidas brigadas se preparam para desembarcar em Porto Novo, uma praia de pescadores a 5Kms desta localidade.
17.1.08
Márcia e Daniela,7ºA
O sentimento de alguma expectativa deu lugar, ao fim de pouco tempo, ao aparecimento de focos de revolta um pouco por todo o lado. Com efeito, a dissolução do Conselho de Regência (1 de Fevereiro de 1808) deixado pelo príncipe D. João aquando do embarque para o Brasil, a destituição da Casa Real de Bragança, a extinção parcial do exército português (o melhor dele foi enviado para França para integrar as tropas de Napoleão), o lançamento de impostos extraordinários, as requisições forçadas de alimentos para abastecer o exército francês e do ouro e da prata das igrejas, eram razões suficientes para os portugueses estarem descontentes.
Sobre o “desfalque” que foi feito no nosso país, temos alguns dados sobre o que se passou na nossa região. A requisição de objectos (alfaias litúrgicas) de prata e ouro das ermidas, igrejas e conventos da Comarca de Torres Vedras, onde o concelho da Lourinhã se integrava somou 5$469 marcos e 5 onças de prata, 1 onça, 5 oitavas e 36 grãos de ouro, valor calculado (em meados do século XIX) em 35.000.600 de réis. O responsável pela arrecadação foi o corregedor da Comarca José da Cunha Fialho, tendo como tesoureiro o comerciante Arsénio Francisco de Carvalho, que tudo entregou em Lisboa na Casa da Moeda. Nunca mais foram devolvidos. Poucas foram as igrejas em que alguma ou toda a prata escapou, por se esqueceram de a pedir ou por ter sido escondida. Para a contribuição chamada de guerra, exigida à classe comercial, pagou a comarca 8.000.000 de réis (8 contos de réis).
A violência com que algumas das revoltas foram reprimidas (com destaque para o general francês Loison, conhecido com a alcunha de “Maneta”), ainda acirrou mais o ódio aos franceses. Esse sentimento está muito bem expresso nas seguintes quadras populares:
O patife do Junot
Vinha para nos proteger!
Veio mas foi para nos roubar,
E p’rás pratas recolher.
O Junot mais o Maneta
Dizem que Portugal é seu,
É o diabo para ele
E mais para quem lho deu.
Já o mar anda de luto,
Também as embarcações.
Anda a guerra conta a França,
Ajuntam-se as mais nações.*
Entretanto, o Porto e as províncias do Minho e Trás-os-Montes revoltaram-se e formaram uma Junta Provisória de Governo. Estavam criadas as condições para o desembarque dos nossos aliados – os ingleses.
* Cit. por João Pedro Tormenta e Pedro Fiéis, A Primeira Invasão Francesa. As Batalhas da Roliça e do Vimeiro, Caldas da Rainha, ed.ª Nova Galáxia, 2005, p. 67.
Em finais de 1807 é nomeado comandante da 2.ª divisão do Corpo de Observação da Gironda, que invade Portugal em Novembro, substituindo o general Laroche, que abandonou o corpo, por motivos de doença, em 21 de Outubro. Chega a Lisboa, nos primeiros dias de Dezembro, não tendo conseguindo acompanhar a sua divisão nas marchas forçadas que a trouxeram até Lisboa, sendo enviado para o norte da capital. É encarregue das expedições punitivas que se realizam em Maio e Junho de 1808 contra as populações insurrectas do Norte de Portugal e do Alentejo. Estando em Almeida, foi encarregue da ocupação do Porto, após a retirada das tropas espanholas daquela cidade, em Junho de 1808, mas será derrotado pelas Milícias e Voluntários das Ordenanças de Trás-os-Montes em Mesão Frio. Regressado a Lisboa, é enviado de imediato para o Alentejo, dispersando as forças insurrectas em Évora, o que o impede de chegar a tempo de ajudar Delaborde, no combate que este trava contra Wellington na Roliça.
Ficou conhecido em Portugal pelo Maneta (tinha perdido, em 1806, o braço esquerdo num acidente de caça) e a especial violência com que reprimia as revoltas, deu origem à expressão “ir para o maneta”, que significa morrer. Ainda participou na 2.ª invasão de Portugal, comandada por Soult e na 3.ª, dirigida por Massena.
3.1.08
realizados na disciplina de História e Geografia de Portugal
Jean Andoche Junot, duque de Abrantes
Cristiana Castro, 6ºA
Nasceu a 23 de Outubro de 1771 em Bussy-le-Grand (França) e morreu a 29 de Julho de 1813, em França.
Filho de um próspero lavrador da Borgonha, tendo realizado alguns estudos de direito, alistou-se em 1791 num regimento de voluntários, onde se tornou conhecido por “Junot La Tempête” (A Tempestade), devido á sua temeridade. Sargento desde 1792 foi enviado com a sua unidade para o cerco de Toulon, tendo sido escolhido pelo jovem Napoleão Bonaparte para seu secretário.
Impressionado pela sua coragem, este promoveu-o a capitão e fê-lo seu ajudante de campo em 1794, tendo participado no lado de Bonaparte em toda a campanha de Itália . Em 1798 foi promovido a general de brigada, durante a expedição ao Egipto, tendo-se distinguido na campanha da síria, quando em Abril de 1799 perto de Nazaré, derrotou uma força turca de dez mil homens muito superior ao seu pequeno destacamento de quinhentos soldados de cavalaria.
Em 1807 sendo escolhido para comandante em chefe do corpo de observação da Gironda e, á frente deste exército, ocupou a parte central de Portugal. Em Março de 1908 é feito Duque De Abrantes, e não de Nazaré porque, segundo parece , Napoleão Bonaparte não gostou de puder vir a ter um “Junot de Nazaré”. Obrigado a restringir a sua ocupação á região á volta de Lisboa, devido á Revolta Popular de Maio desse ano, foi derrotado em Agosto no Vimeiro, por um exército britânico comandado pelo futuro Duque de Wellington.
Daniel Fernandes, 6ºB
A Batalha do Vimeiro, Miguel Costa, 5ºA
Artilharia da Brigada Real da Marinha Inglesa (1807), João Henrique, 5ºB